3.10.2007

PROCURA

Olho através do véu das palavras
buscando a razão nítida das coisas.
Que uma folha seja apenas uma folha,
ou uma casa só uma casa,
ou o que quer que seja,
seja apenas a coisa em si.
Mas não se esgota na coisa, o significado, nunca se esgota.
E minhas mãos seguem procurando, a razão, o mote, o fim.
Tento desembaraçar estes fios
que envolvem meu corpo, minha vida.
Pacientemente procurando o nexo
da flor por trás da flor,
por trás da mão que a oferta,
do discurso de quem conta a história.
Porque há uma história sendo contada, sem cessar.
E é neste exílio que tento apreender
o farfalhar das asas do pássaro, a timidíssima brisa deslocada
pelo bater de asas da borboleta, até o furacão na Carolina do Norte.
a razão sem razão, do amor tanto.
[ desconheço o autor]

Nenhum comentário: