10.30.2006

PROCURA


Olho através do véu das palavras
buscando a razão nítida das coisas.
Que uma folha seja apenas uma folha,
ou uma casa só uma casa,
ou o que quer que seja,
seja apenas a coisa em si.

Mas não se esgota na coisa,
o significado, nunca se esgota.
E minhas mãos seguem procurando,
a razão,
o mote,
o fim.

Tento desembaraçar estes fios
que envolvem meu corpo, minha vida.
Pacientemente procurando o nexo
da flor por trás da flor,
por trás da mão que a oferta,
do discurso de quem conta a história.

Porque há uma história sendo contada,
sem cessar.
E é neste exílio que tento apreender
o farfalhar das asas do pássaro,
a timidíssima brisa deslocada
pelo bater de asas da borboleta,
até o furacão na Carolina do Norte.

a razão sem razão, do amor tanto.

[Lamentavelmente desconheço os autores
ou as autoras da poesia e da imagem!!]

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